Adenomiose

A adenomiose é uma doença em que focos de endométrio (membrana de revestimento interno do útero) são encontrados no miométrio (camada muscular lisa que forma a parede uterina).

Há diferentes hipóteses para o surgimento da adenomiose. A mais aceita é a de que, gradativamente, o endométrio se infiltra na parede do útero, carregando células que podem formar grupos e até mesmo nódulos, chamados adenomiomas, dentro da parede uterina.

Principais dúvidas sobre adenomiose

Por que a adenomiose causa infertilidade?

Há vários motivos pelos quais isso ocorre. Como a adenomiose é interpretada como uma lesão, o organismo tenta cicatrizar os tecidos, reduzindo a ação da progesterona – hormônio relacionado à implantação do embrião. A condição também provoca um excesso de resposta inflamatória que pode comprometer a qualidade dos óvulos e dificultar a implantação. Além disso, pode haver um aumento na contratilidade uterina, capaz de causar aborto ou parto prematuro.

Qual parte do útero é mais acometida pela adenomiose?

A parede posterior do útero é a região mais afetada pela condição. Quando a adenomiose forma nódulos dentro do miométrio, trata-se de um caso de adenomiose focal, mas também há a adenomiose difusa (espalhada). Pode ser superficial (quando acomete até um terço da parede do útero) ou profunda (quando a porção atingida é superior a um terço da parede uterina).

Como proceder se a mulher possui adenomiose, mas deseja engravidar?

Para os casos de lesões focais, recomenda-se a videolaparoscopia, para a remoção das lesões, mantendo uma camada segura de miométrio, melhorando a fertilidade e as taxas de gravidez após FIV. Para os casos de lesões difusas, recomenda-se o tratamento medicamentoso, com o objetivo de regredir temporariamente a doença para aumentar as chances de gestação espontânea (mais rara) ou reprodução assistida.

Quais mulheres têm mais risco de desenvolver a adenomiose?

A condição é mais frequente nas mulheres em idade superior a 35 anos e que já tiveram filhos. No entanto, também pode acometer mulheres mais jovens e sem filhos, especialmente as que já foram submetidas a cirurgias no útero.

Tratamento de adenomiose

Um terço das mulheres com adenomiose não apresenta sintomas. Para as que apresentam, os sintomas mais comuns da doença são: aumento no volume do útero, aumento na intensidade das cólicas menstruais e aumento no fluxo menstrual, que pode conter coágulos.

O diagnóstico de adenomiose pode ser realizado com ultrassonografia transvaginal ou ressonância magnética de pelve, que é mais precisa. O problema é mais comum entre as mulheres em idade superior a 35 anos e que já engravidaram, especialmente aquelas que já tiveram cesárea.

A adenomiose pode prejudicar a fertilidade por conta de alguns fatores, como: processo de inflamação e cicatrização constante, aumento na contratilidade uterina e ação imunológica exagerada. Esses fatores podem prejudicar a implantação e aumentar risco de abortamento.

A única possibilidade de cura definitiva para os casos de adenomiose é a histerectomia, ou seja, a remoção completa do útero, indicada para mulheres que não desejam engravidar. Para as mulheres que têm o desejo de ter filhos, a recomendação é a remoção cirúrgica dos nódulos (que pode ser por videolaparoscopia ou cirurgia robótica), nos casos de adenomiose focal. Nos casos de adenomiose difusa, o ideal é um tratamento medicamentoso para remissão temporária da doença antes da implantação do embrião em reprodução assistida, com o uso de análogos do GnRH.

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